Meu Primeiro Parto: A Chegada de Alana
Minha primeira filha, Alana, nasceu em 8 de fevereiro de 2014, e hoje, aos 10 anos, é uma menina cheia de vida e alegria. Sua chegada foi marcada por muitos desafios, surpresas e emoções, pois ela nasceu prematuramente, dois meses antes do esperado, em uma maternidade pública com uma excelente unidade neonatal.
Tudo começou logo no início da gravidez, quando enfrentei um grande susto. Descobri que estava grávida em meio a dores intensas e cólicas, e, ao procurar um médico, recebi a notícia de que, ao mesmo tempo que celebrava a descoberta da gravidez, estava enfrentando um aborto iminente.
Com apenas seis semanas de gestação, meu corpo parecia estar rejeitando o bebê. Foi um momento assustador e desafiador.
Segui rigorosamente todas as recomendações médicas, incluindo 15 dias de repouso absoluto, e, com muita oração e cuidado, superamos esse momento difícil. Dois meses depois, a gravidez estava fora de risco, e o restante da gestação correu bem, com todos os exames indicando que tanto eu quanto o bebê estávamos saudáveis.
Tudo Parecia Perfeito até Que !
Inesperadamente, minha bolsa rompeu dois meses antes do previsto.
Era 7 de fevereiro de 2014, e eu estava no trabalho quando senti o líquido escorrendo. Como mãe de primeira viagem, fiquei completamente assustada e sem saber o que fazer.
Na minha cabeça, acreditava que o rompimento da bolsa significava que o bebê nasceria imediatamente, o que só aumentou minha ansiedade. Procurei um médico de confiança na minha cidade, que me tranquilizou, dizendo que ainda havia tempo até o parto.
Sem muita preparação, e com poucos itens comprados para o bebê, viajei para minha cidade natal, onde planejava dar à luz. No caminho, ligamos para o meu obstetra, mas ele não estava na cidade.
Para minha surpresa, fui informada de que, por Alana ser prematura, deveria ir diretamente para a maternidade da região, que possuía a melhor estrutura neonatal. O hospital que cobria meu plano de saúde não tinha os recursos necessários para um parto prematuro.
Cheguei à maternidade cheia de dúvidas, medos e inseguranças. Sempre imaginei que teria uma cesárea, como muitas pessoas ao meu redor. Nunca considerei a possibilidade de um parto normal. Mas ali, sem alternativas e com o apoio dos médicos, entendi que o parto normal era a melhor opção para minha filha.
Após 24 horas de trabalho de parto, Alana nasceu, pesando 2,1 kg. Foi um momento de emoção indescritível, mas também de grande aprendizado.
Por ser uma maternidade pública, não pude ter um acompanhante ao meu lado, e enfrentei o parto sozinha, cercada de profissionais que, apesar de bem-intencionados, nem sempre transmitiam o conforto e a orientação de que eu tanto precisava.
Um Anjo Apareceu- Enfermeira
No auge da minha dor e insegurança, um verdadeiro anjo apareceu: uma enfermeira professora, que estava ensinando estudantes de enfermagem.
Com paciência e carinho, ela me ajudou a entender como fazer a força corretamente durante o parto, algo que até então ninguém havia me ensinado. Sua orientação fez toda a diferença e tornou possível trazer minha filha ao mundo de forma segura.
Quando Alana nasceu, vi pela primeira vez aquele rostinho lindo, com olhos marcantes e pés compridos. Meu coração se encheu de amor e gratidão. Apesar de todos os desafios, ela foi meu primeiro grande presente de Deus, um presente que transformou minha vida para sempre.
Ao refletir sobre essa jornada, percebo que meu primeiro parto foi muito mais do que o início de uma nova vida; foi um momento transformador.
Cinco Lições Valiosas
Aprendi cinco lições valiosas que carrego até hoje: confiar no processo, mesmo quando tudo parece incerto; aceitar o apoio de quem está disposto a ajudar; acreditar na força que existe dentro de mim; reconhecer a importância da preparação emocional para lidar com os desafios; e valorizar o poder da resiliência diante das adversidades.
Essas lições não apenas me ajudaram a superar os medos e desafios do parto, mas também me prepararam para enfrentar a maternidade com mais coragem e confiança.